domingo, julho 23, 2006

o mais forte

O espectáculo da destruição do Líbano -que está para durar, durar...- continua a merecer honras nas primeiras páginas: os bombardeamentos não arrefecem, o número dos deslocados (à sua sorte) cresce, os estrangeiros são repatriados, os rockets do Hezbollah continuam a cair em Haifa, blindados israelitas entram e saiem de território libanês e Bush deve concerteza estar a saborear um dos seus biscoitos caseiros favoritos e a ler um livro de "pernas-pró-ar"... .
Menos sorte parecem ter os palestinianos que podem neste momento de "distracção" continuar a ser chacinados (à média de 10 por dia) com maior à vontade e prosseguida a destruição infame das suas infraestruturas, como a destruição ontem de um edíficio da Autoridade Palestiniana na Cisjordânia pela artilharia israelita. Pergunto-me como conseguem os palestinianos suportar tanta iniquidade junta -o sentido de conservação? É pouco, obviamente para explicar tanta capacidade de resistência e martírio. Os palestinianos não têm mais nada a perder a não ser as próprias vidas.Esse é o seu poder.O que é perigoso, muito perigoso, para o Estado Hebraico apesar de toda a sua parafernália bélica.

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