quinta-feira, julho 20, 2006

a festa da guerra (1)

(foto:AP/ CBS)

Pouco importa se Israel e os Estados Unidos estão mais uma vez a trabalhar em conjunto para cumprirem , ou tentarem cumprir, a "agenda" política que ficou desenhada a seguir não aos acontecimentos do 11 de Setembro de 2001 -como muito boa gente pensa- mas nas vésperas das eleições norte-americanas que deram a vitória a George W. Bush -"como se esperava", de resto.
Pouco importa também que o modelo engendrado (e a ser implementado) por essas duas nações para a região do Médio Oriente tenha em vista um plano (militar) ousado de"alargamento" (para não dizer, expansionismo) gradual do território actual do Estado de Israel, com uma Palestina transformada em " Nação acantonada" no seio da "Grande Israel" que será então deus e senhor na região.
O que importa verdadeiramente é saber quantos milhares de vidas de civis inocentes (já programados friamente) vão ser necessários para que o sonho sionista avance mais uma casas (como nos jogos...) e seja uma realidade.
Os últimos acontecimentos , -que vão desde a invasão de Gaza, aparentemente em perseguição dos líderes do Hamas e se estenderam num ápice ao Sul do Líbano, dominada pela organização xiita do Hezbollah- têm como pretexto a captura de soldados do exército hebraico mas a utilização desproporcionada de meios militares e a escolha de alvos a a bater mostar como Israel está empenhada em trazer à contenda a Síria e o Irão as duas nações árabes alinhadas num "eixo do mal" (Bush dixit) que representam os maiores empecilhos aos propósitos imperiais de Telavive-Washington desde a tragédia das Twin Towers em New York.
A escalada no Líbano é a prova mais evidente do desespero do governo israelita na solução da questão palestiniana. Bombardear o Norte do país do Cedro, antiga Suiça do Médio Oriente,onde não existem xiitas nem sombra do movimento radical Hezbollah é assumir na prática intenções outras meramente destruitivas da maioria das infra-estruturas básicas do Líbano. Porquê? Israel não desdenharia ter poder (que não teve em 1982) para criar outro Líbano, um Líbano "democratizado" que servisse os intentos sionistas.
Nem os libaneses, nem os palestinianos e muito menos os milhares de israelitas que se opõem cada vez mais a estas festas sangrentas promovidas pelo governo e os militares aceitam de animo leve mais esta manifestação do mal.
Quando agentes os serviços de informação e soldados de forças especiais israelitas trabalham desde a primeira hora no Iraque então tudo é possível!
Seja qual for a evolução da escalada em curso (no Libano, na Palestina) uma coisa temos de ter já em conta: é o prazer da destruição, destruição de bens e de pessoas que estamos assistindo diariamente como quem consome Frize limão ou bebe coca cola com hamburguer.
Tudo coisas perfeitamente dignas da civilização (cruel) ocidental.

Sem comentários: