Ao grande fiasco iraquiano vem, célere, juntar-se um outro -o do Afeganistão. É escusado fazer uso da fidelidade canina para mascarar a realidade do quotidiano afegão, é escusado. Basta recordar as palavras "proféticas" do fantasioso secretário de Estado da Defesa estadounidense, Donald Rumsfeld, em Agosto de 2002, proclamando uma nova era para o povo afegão: "a breathtaking accomplishment" e, delirando, "a successful model of what could happen to Iraq". Quatro anos depois da invasão e ocupação do Afeganistão, os EUA, apoiados pela Nato, ganharam a batalha por Cabul mas perderam a guerra. Nem é preciso procurar muito na imprensa internacional para perceber que a aventura imperial no Afeganistão vai ter o fim que outras tiveram no passado. Além de que, a tão propagandeada "democratização pacífica" e "reconstrução afegã" salda-se à data num surpreendente fracasso, uma enorme fraude, que já vem provocando danos na "coligação".
Os biliões de dólares escoados por dezenas de países dadores e destinados à eufemística "reconstrução" e "ajuda internacional" são, segundo fontes oficiais, desviados na sua maioria pela "corrupção afegã". Mas na verdade o que acontece é que muitos desses fundos tem servido , segundo fontes de Ong's e da ONU, para construir embaixadas, universidades (americanas!), autoestradas (a preços "singelos" de 250.000 dólares o km ou, na pior da hipóteses, a 700.000 dolares cada km se o trabalho cair "nas mãos" do Louis Berger Group, empresa conhecida por ter recebido 665 milhões de dólares para construir... escolas). Um lógica simplex, cínicamente falando.
Recentemente, os EUA impuseram ao governo afegão a obrigatoridade de pagamento de taxa de 20 dolares mensais a todos os automobilistas afegãos. Com essa medida, os norte-americanos pensam reunir mais 30 milhões de doláres que funcionarão como "contributo dos Estados Unidos para a assistência social"(!).
E não deixa de ser sintomático que Cabul continue a ser uma cidade destruída, (destruída também pela mentira) repleta de tendas onde se albergam familias inteiras na maioria desempregados. Cabul, transformada na cidade das mulheres perdidas na prostituição e das crianças raptadas e escravizadas ou assassinadas por traficantes de orgãos.
O Afeganistão quatro anos depois da ilusória vitória é cada vez mais um campo de batalha, como o comprovam a subida em flecha dos ataques da resistência, cada vez mais organizada, dos talibãs e de outros que selhes juntaram.
Os biliões de dólares escoados por dezenas de países dadores e destinados à eufemística "reconstrução" e "ajuda internacional" são, segundo fontes oficiais, desviados na sua maioria pela "corrupção afegã". Mas na verdade o que acontece é que muitos desses fundos tem servido , segundo fontes de Ong's e da ONU, para construir embaixadas, universidades (americanas!), autoestradas (a preços "singelos" de 250.000 dólares o km ou, na pior da hipóteses, a 700.000 dolares cada km se o trabalho cair "nas mãos" do Louis Berger Group, empresa conhecida por ter recebido 665 milhões de dólares para construir... escolas). Um lógica simplex, cínicamente falando.
Recentemente, os EUA impuseram ao governo afegão a obrigatoridade de pagamento de taxa de 20 dolares mensais a todos os automobilistas afegãos. Com essa medida, os norte-americanos pensam reunir mais 30 milhões de doláres que funcionarão como "contributo dos Estados Unidos para a assistência social"(!).
E não deixa de ser sintomático que Cabul continue a ser uma cidade destruída, (destruída também pela mentira) repleta de tendas onde se albergam familias inteiras na maioria desempregados. Cabul, transformada na cidade das mulheres perdidas na prostituição e das crianças raptadas e escravizadas ou assassinadas por traficantes de orgãos.
O Afeganistão quatro anos depois da ilusória vitória é cada vez mais um campo de batalha, como o comprovam a subida em flecha dos ataques da resistência, cada vez mais organizada, dos talibãs e de outros que selhes juntaram.
Com o cultivo do ópio a chegar aos 59% pode dizer-se que os EUA ganharam o Afeganistão. O problema é saber "até quando?".
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