Tinha 16 anos quando tive o meu primeiro contacto com o cinema de Godard: A Bout de Souffle, que vi numa sessão clássica, exerceu um fascínio em mim tão grande que tive de o rever, uma , duas, três vezes sempre com a sensação de alguém que procura algo mais do que o mero desejo e sedução. De certa maneira, os filmes de Godard tiveram o mérito de orientar a formação do meu gosto pelo cinema. Claro que Truffaut, Chabrol, Melville eram outros “mestres” europeus que permaneciam também centrais nos meus apetites, mas Godard era aquele, maior entre os maiores, que exercia em mim um fascínio invulgar; era aquele a quem eu devia reconhecimento e “fidelidade”; aquele a que se recorre sempre quer se esteja “bem” ou na “fossa”; aquele a quem nunca se recusa atender à chamada -como ocorre em todas as boas amizades.
Se falo como falo de Godard é porque o peso dos seus filmes foi responsável pelo amor que eu guardo ao cinema, não apenas por ter ganho esse amor mas sobretudo por ter sabido conservar essa capacidade em (o) amar.
Tudo isto pode parecer excessivo mas, então, porque haveria de o não ser ou ter de ser de outra maneira?
Se falo como falo de Godard é porque o peso dos seus filmes foi responsável pelo amor que eu guardo ao cinema, não apenas por ter ganho esse amor mas sobretudo por ter sabido conservar essa capacidade em (o) amar.
Tudo isto pode parecer excessivo mas, então, porque haveria de o não ser ou ter de ser de outra maneira?
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