quinta-feira, julho 05, 2007

totalitarismo estatal

Confesso: o pensamento da secretária Pignatelli sobre a liberdade de expressão e quais os sítios adequados e menos próprios para expressar opiniões conduziu-me de imediato ao quarto de banho cá de casa (por razões de pura comodidade e segurança... bacteriológica) para melhor avaliar do simbolismo do lugar onde, como aconselha a simpática senhora, deverão
ser despejados os nossos mais secretos rancores contra os governos, a nossa raiva incontida contra os ministros, os subsecretários e secretários (desculpem a des-ordem), os adjuntos dos últimos e respectivos assessores e chefes de gabinete se for caso disso.
Confesso: parte da missão da secretária Pignatelli era escusada, pelo menos para mim. O pensamento, isto é, todo o livre pensamento, foi sempre perseguido e condenado pelos poderes totalitários. Para o totalitarismo (estatal) não basta ser-se absoluto e arbitrário é preciso levar á asfixia toda e qualquer crítica do espírito. Foi isso que aprendi aos 16 anos em pleno regime fascista. Que fazer? Bom, sempre podemos por começar carregar no botão do autoclismo. E, de seguida, passar à acção... recordando Manuel Alegre: Há sempre alguém que resiste, há sempre alguém que diz não.

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