Na companhia do gato, Nico, ( em cima da secretária, atentíssimo aos toques no teclado) reflicto sobre a troca de impressões de ontem com um velho amigo de noitadas cinéfilas: que efeito vão ter em cada um de nós os tiques autoritários e intolerantes expressos nos últimos tempos por alguns respeitabilíssimos membros da admnistração de Sócrates? Voltaremos aos anos de chumbo em que ter opinião contrária irá despertar, de novo, a aplicação da repressão? Por enquanto, o que mais me impressiona, é a tranquilidade bovina reinante: os comportamentos estão já formatados no essencial. Estamos agora na fase de amplificação. Talvez por isso a minha disponibilidade por estes dias para reler Chomsky, Bourdieu, Huxley(como também, Orwell) e Kafka tem sido quase total. Não, não como "porto de abrigo" nem essas tretas todas, antes como cúmplice de homens que pensaram o Homem com extrema lucidez profética.
Agrada-me que esta vontade de retorno ao Homem seja feita justamente por tão exímios ilustradores.
Foto: Stalker, by Andrei Tarkovsky (URSS, 1979)
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