Morte A Venezia (1970)
Numa iniciativa do ABC Cineclube de Lisboa decorre até dia 30 deste mês no Auditório João Hogan (Voz do Operário, 5ªfeiras e sábados, pelas 17h00), um ciclo de homenagem a Luchino Visconti, no ano em que se celebra o centenário do seu nascimento.
Trata-se, antes de mais de um louvável propósito (o único neste "deserto" cultural em que até a Cinemateca Portuguesa faltou "à chamada"...) de desocultação de uma parte significativa (dez longas-metragens) da obra do grande mestre italiano, com destaque para os filmes (de grande densidade e poder de análise sociológica) de início de carreira -Obsessione, La Terra Treme, Belíssima e Senso- que representam a grande afirmação do que viria a ser (a partir de Il Gattopardo...) a generalidade da restante obra de Visconti.
Obra marcada -nunca é demais lembrá-lo- por uma capacidade invulgar de abordagem psicológica e sociológica da classe burguesa dominante num mundo atravessado por transições e mutações profundas. Quer na abordagem estética quer no domínio fílmico, Visconti evidenciou sempre enormes capacidades também na composição de universos ideológicos e na criação rigorosa de ambiências das épocas retratadas: neo-romantismo em Ludwig, impressionismo em Morte A Venezia e expressionismo alemão em La Caduta degli Dei / The Damned.
Numa iniciativa do ABC Cineclube de Lisboa decorre até dia 30 deste mês no Auditório João Hogan (Voz do Operário, 5ªfeiras e sábados, pelas 17h00), um ciclo de homenagem a Luchino Visconti, no ano em que se celebra o centenário do seu nascimento.
Trata-se, antes de mais de um louvável propósito (o único neste "deserto" cultural em que até a Cinemateca Portuguesa faltou "à chamada"...) de desocultação de uma parte significativa (dez longas-metragens) da obra do grande mestre italiano, com destaque para os filmes (de grande densidade e poder de análise sociológica) de início de carreira -Obsessione, La Terra Treme, Belíssima e Senso- que representam a grande afirmação do que viria a ser (a partir de Il Gattopardo...) a generalidade da restante obra de Visconti.
Obra marcada -nunca é demais lembrá-lo- por uma capacidade invulgar de abordagem psicológica e sociológica da classe burguesa dominante num mundo atravessado por transições e mutações profundas. Quer na abordagem estética quer no domínio fílmico, Visconti evidenciou sempre enormes capacidades também na composição de universos ideológicos e na criação rigorosa de ambiências das épocas retratadas: neo-romantismo em Ludwig, impressionismo em Morte A Venezia e expressionismo alemão em La Caduta degli Dei / The Damned.
1 comentário:
Madrid, Paris, Roma entidades culturais de peso promoveram retrospectivas Visconti.
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