sexta-feira, agosto 10, 2007

nos tempos que correm


Na semana passada, um velho amigo, jornalista, aposentado à força em nome duma alegada "reestruturação" (que, na realidade, nunca esteve para acontecer...) deu-me conta da sua preocupação face ao sistema político como se a ameaça à liberdade estivesse de novo na ordem do dia. Alguém (éramos mais três à volta duma mesa da Brasileira) "lembrou" que estamos a assistir a novas concepções de totalitarismo, incomparavelmente mais cruel do que outra forma conhecida de poder. De facto, interrompe o meu amigo, temos o fascismo higiénico, -como o disse Paulo Portas (sorrimos todos)- limitador da liberdade individual do acto de fumar.... a generalizar qualquer dia ao acto de beber e ao de...pensar e agir livremene, quem sabe. O que mais me tem causado perplexidade(interrompe o mais velho de nós) é que dantes no tempo do fascismo a gente se levantava contra aquilo que nos oprimia e agora não, são muito poucos os que ousam... .É -digo eu- a estratégia clássica da sobrevivência de pactuar com a iniquidade e o arbitrio em nome da vidinha, vegetativa e esterilizada... .
Foto: They Live! (John Carpenter, USA-1988)

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