Ontem à noite, graças à AMIR - Associação de Instrução e Recreio de Moledo, o centro cultural encheu-se de gente interessada (mais de uma centena e meia de espectadores) para assistir à projecção de A Culpa, filme de António Victorino d'Almeida rodado em 1979, em Lisboa e Caminha, e estreado em salas da capital e do Porto um ano depois, com alguma pompa circunstância. A Culpa, recorde-se, teve direito na altura a uma mão cheia de exibições, em antestreia, no Valadares,velho cine-teatro caminhense.
Para os mais "distraídos", convirá lembrar que no despontar dos anos oitenta o cinema português deu sinais de mudança muito prometedores (Manhã Submersa, de Lauro António, Kilas, o Mau da Fita, de Fonseca e Costa, Oxalá e Lugar do Morto, de António Pedro de Vasconcelos, Cerromaior, de Luis Rocha...) que mereceram a adesão entusiástica de muito público mas que com o correr dos tempos (e a retoma de alguns equívocos e obsessões narrativas) se foi esfumando.
A Culpa não é, evidentemente, um grande filme mas tem boas ideias: o velho tema do sentimento de culpa no viver português, aqui e ali pontuado por tons de irreverência e comicidade (nem sempre bem sucedida); um "cast" - onde pontificam, Mário Viegas, Sinde Filipe, Estela Novais, Rui Mendes, Adelaide João, entre outros - que prima pela muito razoável prestação artística; a qualidade da banda sonora, especialmente criada para o efeito, por Victorino d'Almeida e que é reveladora do seu enorme talento, imaginação e arte.
No meio do quase deserto cultural em que se tornou o concelho de Caminha, é de saudar esta iniciativa, como outras que aí vierem. Remar contra a maré, é preciso!.
Para os mais "distraídos", convirá lembrar que no despontar dos anos oitenta o cinema português deu sinais de mudança muito prometedores (Manhã Submersa, de Lauro António, Kilas, o Mau da Fita, de Fonseca e Costa, Oxalá e Lugar do Morto, de António Pedro de Vasconcelos, Cerromaior, de Luis Rocha...) que mereceram a adesão entusiástica de muito público mas que com o correr dos tempos (e a retoma de alguns equívocos e obsessões narrativas) se foi esfumando.
A Culpa não é, evidentemente, um grande filme mas tem boas ideias: o velho tema do sentimento de culpa no viver português, aqui e ali pontuado por tons de irreverência e comicidade (nem sempre bem sucedida); um "cast" - onde pontificam, Mário Viegas, Sinde Filipe, Estela Novais, Rui Mendes, Adelaide João, entre outros - que prima pela muito razoável prestação artística; a qualidade da banda sonora, especialmente criada para o efeito, por Victorino d'Almeida e que é reveladora do seu enorme talento, imaginação e arte.
No meio do quase deserto cultural em que se tornou o concelho de Caminha, é de saudar esta iniciativa, como outras que aí vierem. Remar contra a maré, é preciso!.
Sem comentários:
Enviar um comentário