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A primeira vez que vi Jean Seberg no ecrã -tinha eu 14 anos- foi no filme de Robert Rossen, Lilith (em português, seguido de E o seu Destino) , numa matinée, para "maiores de 17 anos", no desaparecido Alvalade. Dediquei o resto desse dia a opinar com um amigo num café da avenida de roma sobre o corpo sedutor , o olhar transparente e inquietante e a deslumbrante prestação artística (calma, rebelde) da minha novel paixão cinéfila de então. Pela lição de irreverência e desmistificação - do universo psiquiátrico- Lilith, foi (é) um dos poucos filmes que carrego ainda "nos ombros" num estado de deslumbramento, de espanto, de amor. Jean Seberg foi (é) capaz (ah!, À Bout de Souffle) de ainda me manter aprisionado à sua claridade insuportável. A meus olhos. Nostálgicos para todo o sempre.
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